terça-feira, 17 de outubro de 2017

ATENÇÃO PARA O PRAZO DA FEBRE AFTOSA


ATENÇÃO PARA O PRAZO DA 2ª ETAPA DE VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA

De 1º a 30 de Novembro ocorre a 2ª etapa de vacinação contra Febre Aftosa, onde deverão ser vacinados TODOS OS BOVINOS E/OU BÚFALOS COM ATÉ 24 MESES DE IDADE.

Produtor: apresente na Inspetoria a Nota Fiscal da compra da vacina anti-aftosa e declare os animais vacinados até 07/12

Dose: 5 ml ( independente do peso e idade )
Conservação da vacina: 2° à 8°C ( NÃO CONGELAR )
Local de aplicação: tábua do pescoço
Via de aplicação: subcutânea ou intramuscular



Febre Aftosa

A Febre Aftosa é uma enfermidade que gera preocupação mundial pelo fato de se espalhar rapidamente nos rebanhos e causar perdas econômicas significativas. Enquanto muitos países ainda tentam controlar ou convivem com a doença, o Brasil não tem mais casos desde 2006, sendo que no Rio Grande do Sul, as últimas ocorrências foram em 2001.
A Divisão de Defesa Sanitária Animal da SEAPI tem como missão assegurar a saúde dos animais de interesse econômico do Estado e neste esforço se inclui a prevenção da reintrodução do vírus da Febre Aftosa em território gaúcho.


O que é a Febre Aftosa?

A Febre Aftosa é uma doença viral grave e altamente contagiosa, podendo ocorrer em bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros animais de casco fendido (bipartido). Não afeta cavalos, cachorros, gatos ou seres humanos.
Os sinais mais conhecidos da doença incluem vesículas, semelhantes a bolhas, que estouram num curto espaço de tempo e causam erosões na boca ou nos pés, resultando em salivação excessiva e/ou claudicação (manqueira).
A febre aftosa provoca grandes perdas na produção de leite e carne, além de outros transtornos para os criadores, como impedir a comercialização de animais e seus produtos/subprodutos – tanto a nível local, quanto internacional.
Por ser uma doença com potencial para se alastrar rapidamente em amplos territórios, ocasionando graves consequências sociais e econômicas, a febre aftosa é uma das enfermidades de animais mais combatidas no mundo.


Qual a causa da Febre Aftosa?

A Febre Aftosa é causada por um vírus. Depois que um animal se infecta, em geral, os primeiros sinais da doença aparecem dentro de um período de 02-14 dias.
O vírus sobrevive nos tecidos (couro e carne), no trato respiratório, saliva, urina e outras excreções dos animais infectados, como fezes e sêmen. Ele também pode sobreviver em materiais contaminados e no ambiente durante vários meses, dependendo das condições climáticas.
Existem 07 tipos conhecidos e mais de 60 subtipos do vírus da Febre Aftosa. A imunidade a um tipo não protege o animal contra os outros tipos ou subtipos.


Onde ocorre?


A doença está amplamente difundida no mundo, principalmente na África e Ásia, ocorrendo também em algumas partes da Europa e Oceania. As últimas ocorrências nas Américas foram no Paraguai (2012) e Colômbia (2017). Pelo fato de ocorrer em várias partes do mundo, sempre há um risco de reintrodução do vírus em zonas livres.


Sinais clínicos da doença

O vírus da Febre Aftosa provoca febre e vesículas (bolhas) – dentro e ao redor da boca, na língua e lábios, nos tetos e ao redor dos cascos – que se rompem , transformando-se em feridas vermelhas, chamadas erosões. Como as vesículas se rompem rapidamente, nem sempre são fáceis de perceber. Estas lesões ocasionam muita dor e desconforto, levando a outros sinais como apatia, falta de apetite, salivação excessiva, claudicação (manqueira), dificuldade em se mover ou ficar de pé. A maioria dos animais afetados não morre, mas fica muito enfraquecida. A recuperação tende a ocorrer em até 15 dias, sendo que os animais podem continuar portadores do vírus por um período de 06 meses a 03 anos.

Estes sinais podem aparecer nos animais infectados com febre aftosa:
 Aumento da temperatura corporal por 2 a 3 dias;
 Vesículas que rompem e liberam líquido límpido ou turvo, deixando áreas avermelhadas e feridas;
 Saliva viscosa;
 Diminuição da ingesta de líquidos e alimentos por causa das lesões dolorosas na boca e língua;
 Laminite, com relutância para se mover;
 Abortos;
 Diminuição da produção de leite em vacas;
 Doença cardíaca e morte, especialmente em animais muito jovens.

A recuperação da perda de peso, ocorrida durante a doença, pode levar muitos meses. Quanto à produção leiteira, os animais raramente recuperam a média que possuíam anteriormente e as taxas de concepção podem ser menores.


Como a Febre Aftosa se espalha?

A transmissão da Febre Aftosa ocorre quando os animais infectados tem contato direto com outros animais sadios. Outras formas de contaminação podem ocorrer quando os animais sensíveis:
 São transportados em veículos contaminados;
 São alimentados com restos de alimentos crus ou mal cozidos, provenientes de carne ou produtos de animais doentes;
 Tiverem contato com pessoas usando roupas, sapatos ou equipamentos contaminados;
 Forem expostos a materiais contaminados, como feno, ração, couro ou produtos biológicos;
 Ingerirem água contaminada;
 Forem inseminadas com sêmen de animal contaminado.


Doenças confundíveis

Existem outras doenças que provocam lesões semelhantes (vesículas). Sendo assim, a febre aftosa pode ser confundida com outras doenças menos nocivas, incluindo estomatite vesicular, língua azul, diarreia viral bovina, foot rot (podridão dos cascos) e doença vesicular dos suínos. A única maneira de saber se as lesões são ocasionadas pelo vírus da febre aftosa é através de exames específicos realizados nas redes de laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (LANAGRO), com material colhido e remetido pelo Serviço Veterinário Oficial da SEAPI.


Prevenção e Controle

A Febre Aftosa é uma enfermidade de difícil controle. Consequentemente, muitos animais e seus produtos/subprodutos de áreas conhecidas como afetadas/suspeitas estão sujeitos a restrições de comércio impostas por países livres.
Os bovinos são altamente sensíveis ao vírus da febre aftosa. Quando ocorre um foco, a doença pode se espalhar rapidamente para diversas regiões devido à movimentação rotineira de animais, seja para comércio, participação em feiras, abate etc. - a menos que o foco seja detectado e erradicado rapidamente. O impacto econômico de um foco de febre aftosa é capaz de provocar extensivas perdas econômicas, que podem durar anos e até mesmo, inviabilizar a produção em alguns casos.
A vacina contra a febre aftosa é utilizada para desenvolver imunidade no rebanho, entretanto, não impede a entrada do vírus em zona livre, ou seja, não funciona como repelente. Levando em consideração o fato de que nenhuma vacina garante 100% de proteção, zonas vacinadas não estão livres da ocorrência de surtos, a exemplo do ocorrido no PA (2004), MS e PR (2005/2006), Paraguai (2011/2012) e Colômbia (2017). Mas, neste caso, como a maior parte dos bovídeos estará protegida, o vírus encontrará dificuldade em se espalhar pelo ambiente, facilitando o controle da doença.
Em caso de ocorrência de foco devem ser instituídas estratégias de controle que incluem o sacrifício de animais, o abate sanitário, o controle de trânsito de pessoas, de animais e seus produtos/subprodutos, bem como de grãos/cereais, entre outros.


Como eu posso ajudar?

Para o controle da Febre Aftosa é extremamente importante o tempo decorrido entre o aparecimento dos sinais clínicos e a notificação à Inspetoria, pois quanto mais rápido for o atendimento a uma suspeita, mais rápido e eficiente é o seu controle, assim como menores serão os impactos econômicos e sociais, caso ocorra a confirmação da doença.

Há muitas maneiras pelas quais você pode contribuir para manter o RS livre de Febre Aftosa:

 Vistorie o rebanho rotineiramente e isole animais doentes dos sadios, notificando a Inspetoria a respeito de qualquer animal com sinais compatíveis (babando, mancando, com lesões de boca/focinho/patas/úbere);
 Notifique caso verifique animais de vizinhos ou conhecidos com sinais compatíveis com Febre Aftosa;
 Compre/venda animais sempre com emissão da Guia de trânsito animal (GTA);
 Restrinja o acesso de visitantes e veículos estranhos à propriedade e quando for necessário, realize a pulverização de rodas e assoalho externo com soluções desinfetantes na entrada e saída, após a remoção da matéria orgânica, principalmente em caminhões;
 Restrinja contato dos animais de sua propriedade com aqueles de propriedade vizinhas, na medida do possível;
 Evite que os animais bebam de fontes de água comum a outras propriedades, como de rios, riachos e córregos;
 Ao viajar para o exterior, certifique-se de não trazer animais ou seus produtos/subprodutos de forma ilegal, ou outros materiais, pondo em risco a saúde dos animais de seu Estado.
 Denuncie qualquer irregularidade praticada por terceiros, como pessoas que possam movimentar animais de forma ilegal (sem GTA). A denúncia pode ser anônima.

As notificações devem ser feitas diretamente na Inspetoria de sua cidade, de forma presencial ou através de telefonema. Casos de denúncia também podem ser feitos para o e-mail vigilanciafa@agricultura.rs.gov.br

Nós fizemos a nossa parte com a rotina de fiscalizações, faça a sua também.







A INSPETORIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DE SÃO LOURENÇO DO SUL ATENDE DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 8 AS 12hs E DAS 13 AS 17hs

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