Foto Principal: Ivanio Machado, Fiscal Estadual Agropecuário - SEAPDR Foto Direita: Igor Vergara, Técnico Agrícola - SEAPDR Foto Esquerda: Internet |
Um caso de
raiva dos herbívoros foi confirmado, nesta quinta-feira (25), na localidade de
Boqueirão, em São Lourenço do Sul, RS. O animal positivo era um bovino macho,
com cerca de um ano de idade.
O caso
No dia 18 de
julho, a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) recebeu a notificação de um
produtor de que na propriedade havia um bovino com sintomas compatíveis com a doença. Inicialmente, o animal apresentou tremores, andar cambaleante; parada
na ruminação e perda de atitude. Depois, o quadro evoluiu até que houve queda
permanente, movimentos de pedaleio, com posterior perda da movimentação dos
membros; timpanismo e febre. No dia 19, técnicos da IDA local compareceram na
propriedade para coleta e envio de amostra para diagnóstico confirmatório.
Inicialmente, foi levantada a hipótese de um quadro de distúrbio alimentar, uma
vez que houve desmame do lote e troca brusca de alimentação, com oferecimento
de ração farelada à vontade.
O material coletado (cérebro) foi enviado para o
Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do
Sul, RS, que confirmou o diagnóstico para raiva herbívora sob o Laudo 1872/19.
O produtor, então,
foi orientado a vacinar o rebanho e, também, procurar os serviços de saúde,
para sua própria proteção execução das medidas preventivas contra a raiva
humana.
Com a
confirmação do foco, a equipe do Núcleo de Combate à Raiva dos Herbívoros, da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, está se deslocando
para o município, na próxima semana. Assim, serão revisadas as furnas e
refúgios de morcegos hematófagos - cuja localização é mapeada em cada IDA, para
controle da população do morcego transmissor.
A doença
A raiva dos
herbívoros é uma doença letal e de notificação obrigatória, uma vez que pode
afetar pessoas. No ciclo silvestre (rural) é transmitida pela mordedura do
morcego hematófago Desmodus rotundus,
contaminado com vírus do gênero Lyssavirus.
Qualquer animal doméstico pode ser afetado. A doença nos animais não tem tratamento,
mas bovinos e equinos podem ser vacinados preventivamente.
A
contaminação humana ocorre pelo contato com a saliva do animal doente, tanto
por meio da mordida, quanto por lambedura.
Qualquer animal contaminado com raiva é capaz de transmití-la ao homem.
Medidas preventivas
Comunicar a IDA sempre que
perceber os seguintes casos:
· Presença de sinais de ataques de morcegos nos
rebanhos: mordeduras, com ou sem sangramento;
Presença de morcegos voando durante o dia ou
caídos em locais onde, habitualmente, não se encontram;
Presença de animais com sintomas nervosos, que
podem incluirmudança de comportamento: agitação; falta de
apetite; nervosismo;
o
isolamento do rebanho;
o
fraqueza e paralisia dos membros;
o
salivação e dificuldade para engolir;
o
andar cambaleante; dificuldade em se alimentar e
de se manter em pé; salivação; febre; movimentos incoordenados ou de pedalagem,
parada na produção de leite, entre outros;
o
morte entre 4 a 7 dias após o início dos
sintomas.
Ø Ao
manusear um animal suspeito, lave imediatamente as mãos com água e sabão e
comunique a Inspetoria de Defesa Agropecuária, pelo telefone (53) 3251-1332.
Ø A
IDA recomenda, urgentemente, que bovinos e equinos sejam vacinados. Animais vacinados
pela primeira vez devem receber reforço após 21 dias.
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